segunda-feira, 10 de maio de 2010

Mais de 40% do software utilizado em Portugal é ilegal, diz Microsoft

Mais de 40% do software utilizado em Portugal é ilegal, perdendo-se cerca de um quarto do valor do sector das tecnologias de informação, revelou hoje, terça-feira, o responsável de Propriedade Intelectual da Microsoft Portugal.

"A taxa de pirataria de software em Portugal é de 42 por cento", disse à agência Lusa Artur Amaral, à margem do III Fórum "Marcas e Patentes - Chave do Sucesso", em Lisboa, realçando que "é uma taxa superior à média europeia que ronda os 35 %".

Segundo o responsável da Microsoft, "os impactos da utilização ilegal de software totalizam cerca de um quarto de todo o sector de tecnologias de informação", apontando como consequência "o enfraquecimento das indústrias de software e de serviços adicionais".

Sem avançar o valor das perdas para a empresa de Bill Gates, Artur Amaral admite que a tecnológica tem a sua "quota-parte de prejuízos", resultante da cópia e utilização ilegal de software.

"Não temos valores públicos relativamente a isto [pirataria], mas temos uma infracção significativa do software que vendemos no mercado", afirmou, dando a conhecer a existência de "uma correlação entre a taxa de pirataria de software e o índice de competitividade em que os países com maiores taxas de infracção são os menos competitivos economicamente".

Em declarações à Lusa, Artur Amaral explicou que a política da Microsoft para a resolução dos problemas de pirataria informática passa por "chegar a acordo", sendo os tribunais o último recurso.

Para a empresa líder mundial de software, a prevenção e a aplicação da legislação para penalizar os infractores devem ser as medidas a seguir para diminuir o fenómeno da pirataria informativa.

"A prevenção é essencial, através da sensibilização da sociedade em geral e dos jovens em particular, bem como a aplicação da lei para garantir que há respeito pela propriedade intelectual", disse, alertando ainda para "os riscos da utilização de software pirateado, sobretudo, vírus".

A defesa contra a infracção de direitos de propriedade industrial foi um dos temas em debate no fórum sobre marcas e patentes, promovido pela Associação Portuguesa dos Consultores em Propriedade Industrial (ACPI).

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